segunda-feira, 31 de maio de 2010

Estamos de férias!




E a partir de hoje estamos todos oficialmente de férias cá em casa! A semana passada já tinha estado dois dias sozinha com a mamã - soube tão bem recordar aqueles tempos da licença de maternidade em que todos os dias a mamã era só minha - mas agora é que é para valer! Vejam lá que nem a Maria veio tomar conta de mim! Também se viesse não encontrava cá ninguém. "Vamos a banhos", "fechamos para obras", ouvi eu o papá e a mamã dizerem. Eu ainda não sei muito bem o que é essa coisa de ir a banhos, mas parece que amanhã já vou descobrir. E quando voltar, vocês vão ver: vou ter montes de histórias da praia para contar.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Os alentejanos sabem-na toda!

Hoje a mamã entrou de férias e, para celebrar, fez-me uma açorda de peixe. Hum... que delícia! Adoro novidades 'gourmet'. E os alentejanos sabem-na toda!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

À Espera





Estamos à espera. Adiaram. Continuamos à espera. À espera da consulta do papá. À espera que tudo não passe de um susto. À espera que a vida não seja madrasta. Que não venha trocar-nos as voltas, desfazer-nos os planos e os sonhos. Estamos parados. A tentar fazer de conta que está tudo bem. Se calhar até está. Temos de acreditar. E se não estiver vamos lutar. Todos. Juntos. Força, papá!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Que fixe mamã!




A mamã e os colegas ganharam ontem à noite um prémio de jornalismo! Eu bem estranhei as horas passarem e ela nunca mais chegar a casa... mas afinal foi por uma boa causa! E a mamã ficou tão contente!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Agarram-me se puderem!




Comecei a gatinhar! Yuhuuuuu! Agora lá vou eu! Gavetas, armários, sapatos, cabeçadas aqui e ali. Ninguém me agarra!
Qualquer dia dão-me a chave de casa!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dia de anos




A mamã fez anos este fim-de-semana e, assim à boa maneira cigana, prolongou a festa por dois dias!
Fomos a sítios onde eu nunca tinha estado. No primeiro, havia muitos bebés, mamãs e papás a brincarem com umas coisas a que chamam talheres. Eu também queria brincar, mas não me deixaram. Parece que tinham medo que eu me magoasse. Nãohá mesmo confiança no poder de intuição de um bebé! Mas não pensem que era a única a aproveitar a festa para fazer das 'minhas'. Os outros pequeninos também são traquinas, que eu bem vi!
A parte melhor veio depois: levaram-me para o Parque dos Índios e aí é que eu me diverti à brava. Não pelos índios, que esses não os vi!
Alíás, esta é uma mania estranha dos grandes: põe nomes às coisas de coisas que não existem! Ora reparem: a Praia das Maças não tem maçãs, nas Laranjeiras não há laranjas, o Vale do Silêncio é barulhento e assim por diante...
Mas falava eu do Parque dos ìndios: Senti o sol e o vento a baterem-me na cara e a obrigarem-me a fazer caretas esquisitas. Depois descobri que a relva é macia (e suja as mãos, que giro!). E que há esquilos nas árvores. Não sei bem porquê mas gosto muito dos sons da natureza. Fico assim a contemplar, e a sorrir para o nada, com 'ar de filósofa', como diz uma amiga da mamã!
À noitinha, cai redonda de sono na cama! Que pena! Eu queria tanto cuscar a festa lá na sala... No dia seguinte veio a 'famelga', como a mamã costuma dizer! Lá no restaurante, fiquei vidrada no aquário! Não tinha peixes, só umas coisas grandes com umas antenas e umas tenazes feias. Parece que aquilo se come, ainda por cima! Bahhh!!!! Os grandes não sabem mesmo o que é bom... não há nada como uma cerelac de bolacha! E ainda por cima não tem de ser martelada!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nove meses




Já cá estou há nove meses, o que significa que já tenho tantos dias de vida neste Mundo como da barriguinha da mamã. É tão pouco, perante a magnitude do infinito do tempo, mas já é tanto para mim. Talvez porque já aprendi muito. Sobre mim e sobre os outros. Aprendi que sou capaz de levar um desafio até ao fim - mesmo que seja apenas empilhar os cubos de cores sobre a mesa da papa -, que faço os outros rirem com o meu sorriso, que a rebolar chego onde quero e, sobretudo, que o Mundo está à minha espera para que eu lhe descubra, a cada dia, uma nova surpresa.
Durante estes nove meses, também já percebi que a vida dos grandes não é fácil, mas acredito que quando eu for grande tudo será melhor. Sim , eu acredito que tudo é possível. Que existem dragões voadores e irmãos koala que cozinham arroz na televisão, na 'menina que ri' e nas conversetas do boneco 'doudou' lá de casa, ou nos bichos falantes e nos heróis de capa e espada dos meus livros de histórias. E é por tudo isso que tudo em mim é tão belo. Porque um bebé, como eu, ensina a ver o Mundo carregado de esperança e possibilidades.