quarta-feira, 25 de maio de 2011

Juras?




"Eu Juro. Todos os poetas estão do nosso lado. Eu juro. E juro que, um dia, todos os políticos se transformarão em estrelas de rock e que todas as fardas se confundirão com luzes de néon em cidades sem nome. E juro que, um dia, Marc Bolan ressuscitará por trás de um ecrãn gigante de vídeo. E que em todas as ruas se dançará ao som de Lou Reed. Take a walk on the wilde side. E se, um dia, os facistas no pder se transformarem em balas perdidas na multidão, nós sairemos à rua, nós seremos mais fortes, nada nos calará, nada nos derrubará. Eu Juro. "

João Peste, 'Juramento sem Bandeira'


E eu, mamã, juro que jamais serei somente mais uma ovelha do rebanho amputada de convicção; que nunca me vestirei de uma cor só porque sim e convém, e que o medo não me fará peder o norte da justiça nem as coordenadas do bom-senso. Juro, mamã, que não me juntarei oportunamente a quem de direito porque os direitos são de quem tem a razão; que tentarei fazer da verdade a única bandeira, juro ouvir a voz do coração. E por fim mamã, juro que, mesmo que um dia tenha de calar a voz, irei, pelo menos fazer como tu, que aí do alto do teu nariz empinado continuas a cantar esta canção.
Maria Bolacha

Veia artística







E em dia de 'arrumações e limpezas' no computador, descobrimos estas fotos antigas... a mamã a fazer uma entrevista, enquanto eu e um amiguinho aproveitávamos para destruir o cenário do espectáculo! Mamã, quando é que lá voltamos?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Puquê?

"Segunda-feira, manhãzinha cedo e muito pouca vontade de levantar...

Mamã: Está na hora de levantar, vestir, papar e ir para a escolinha...
Bolacha: Puquê?..."

Kê quesso!








"À tardinha, no café, para lanchar com a avó:

Avó: Queres pão ou bolo?
Bolacha: Kê quesso!*

*Leia-se 'queijo', a minha mais recente descoberta gourmet!

domingo, 15 de maio de 2011

Parabéns mamã!

E foi assim que eu hoje cantei os 'Parabéns' à mamã, pelo seu 33º aniversário:


"Pa-ta-do-pado-pa. pa-ta-do-pado. pata-do-d-dodo. Mamããããããs!!!!!!!!!!!"

P.s. Logo seguido de muitas, muitas palminhas!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

New Look





Fui ao cabeleireiro pela primeira vez! E ao contrário do que a mamã esperava, portei-me muito, muito bem. Saí de lá com os caracóis aparados e uma franjinha à Beatriz Costa que - tenho de vos confessar -, na segunda-feira fez cá um furor na creche...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mamã, já sei de onde vêm os bebés!

"A Leonor está sentada na carpete verde e felpuda da sala a ver desenhos animados, a pouco mais de meio metro de distância do ecrã... por mais que lhe digam, não há meio de convencer esta miúda que os bonecos não vão fugir da tela mesmo que se afaste um pouco e dê espaço de manobra ao olhar. De repente, parece assalta por um imenso sentido de urgência, algo que não pode sequer esperar que o Ruca chute a bola no ecrã para ser revelada à mamã. Vira-se, levanta a camisola, estufa a barriga para fora, aponta para o umbigo, sorri e diz com o ar mais feliz deste Mundo e do outro : "Bebé, bebé!". A mamã olha-a incrédula. Não há grávidas em casa nem na creche (pelo menos que ela saiba!), e as que passam na rua concerteza não trazem explicação acessível ao domínio infantil sobre o que esconde a sua barriga. Pode ter sido 'uma coincidência, pode querer dizer outra coisa', pensa a mamã.
Pergunta-lhe então: "O bebé está na barriga?". Leonor ri com os olhos, as bochechas, os caracóis, um riso barulhento e bom que lhe sacode o corpo todo. Acena feliz com a cabeça, e ora apontando para a barriga ora aconchegando qualquer coisa imaginária no regaço, grita "Bebé, bebé, bebé", com a certeza de quem descobriu o segredo do mais belo milagre do Mundo..."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

"METAUUUUUU"

"O papá está a ouvir um álbum de heavy metal, a sua grande perdição desde a adolescência. A mamã entra na sala, equilibrando a travessa entre a turbulência das diabruras da Nônô. O pai vira-se para as duas, põe os dois dedos em riste, assume um tom de voz gutural e vocifera: "Heavy MetaLLLLLLL!", porventura evidenciando a contradição de um Domingo em que o sol brilha lá fora e as trevas reinam no sistema Hi-Fi. A filha não vai de modas: estica os braços e abre os dedos todos das maõzinhas, coloca os lábios em 'Ô', e rosna também ela: "METAUUUUU".

sábado, 7 de maio de 2011

Aprender a ser gente

A propósito de certas coisas que se vão vendo e ouvindo neste Mundo, a mamã explicou-me que é preciso ter "muito chá e comer muita canja de galinha" para que uma pessoa seja gente grande... madura, sensata, inteligente. E há quem viva muitos, muitos anos e tenha muitos centímetros de altura (e até de largura!) e, mesmo assim, não consiga ser grande. Parece que o problema é que esses chás e caldos não são iguais àqueles que existem nas prateleiras dos supermercados.
Crescer é essencial, viver ajuda, pôr o coração à frente e perceber que a vida é uma maratona de afectos e não uma prova de velocidade onde só importa ganhar, também... e, já agora, ler um poema como este, que foi uma das coisas que ajudaram a mamã a trilhar o caminho que a tornou uma Mulher com 'M' graaande...

"Se conseguires conservar o bom senso e a calma
Num mundo a delirar e para o qual o louco és tu,
Se continuas a acreditar em ti com toda a força
quando todos os outros de ti duvidam,
Se és capaz de esperar sem desesperares,
E enganado, não mentires ao mentiroso,
Ou sendo odiado, ao ódio te esquivares,
E mesmo assim não pareceres santo nem pretensioso...
Se és capaz de reflectir sem que a isso só te dediques,
Sonhar mas estares acima do sonho,
Se experimentares a queda e o triunfo
e tratares esses dois impostores por iguais,
Se continuares a dizer bem de quem te calúnia
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor,
Se consegues ver o bem oculto em todo o mal
E continuares a sorrir ao amor dos teus amores ...
Se fores capaz de ver a verdade que falaste,
transformada em embuste para tolos,
E ver cair por terra tudo o que na vida construiste
E conseguires refazê-la com o pouco que te reste
Se arriscares numa única jogada
Tudo o que ganhaste,
E ao perder, perderes sem palavra uma agreste
Voltando ao princípio para começar de novo,
Se forçares coração, nervo e músculos, tudo
A renovar um esforço há muito vacilante,
E já exausto restar ainda em ti a vontade que ordena: 'presiste'!
Se vivendo entre o povo fores virtuoso e nobre
E, entre reis, não perderes a humildade,
Se amigo ou inimigo, fraco ou poderoso
Para ti forem iguais à luz da eternidade
Se quem conta contigo encontra mais que a conta,
Se podes empregar os sessenta segundos
de cada minuto em obra de tal monta
que cada minuto se espraia em século fecundo

Então tua será a terra
E tu, meu filho, serás Homem"

'If', Rudyard Kipling

domingo, 1 de maio de 2011

Dia da mãe





Que para nós, são mesmo todos os dias!