segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Caminhar sobre o Mundo

Já comecei a reclamar o meu pedaço de chão para caminhar sobre o Mundo, que é como quem diz, 'já comecei a andar' mas com mais veia literária. Soltei amarras na passada sexta-feira 13 - o que só deita por terra a ideia de que tais dias são de azar! - para dois, três passinhos tímidoa, a medo.
Só que o medo a sério - esse que não se resolve nem se explica - é para os grandes... Uma semana depois (outra sexta-feira), encetei a primeira caminhada, movida pelas imagens de um touro a levantar nos cornos uma série de forcados numa notícia da TVI, insurgi-me, lancei-me de rajada para a televisão e no fervor da 'batalha' atravessei a sala. A mamã bateu palminhas. Eu imitei-a. E depois desse entusiasmo franco e óbvio, a mãmã ficou a matutar sobre os meus motivos: serei eu uma futura acérrima defensora da causa dos direitos dos animais? Ou alguém que, valorizando acima de tudo a vida humana, não conseguirá deixar de estender a mão a quem cair por terra? Ai, mamã, tens sempre de atribuir significado a tudo...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Esquecimento 'fatal'

A mamã é despassarada, esse é um facto indiscutível. Mas também não se pode dizer que tenha, coitada, grande ajuda na conservação da vitalidade dos seus neurónios, cada vez mais requisitados para mil e uma tarefas em simultâneo.
Esta manhã, por mais que se esforçasse, a mamã não conseguia prender o cabelo. Ela que tem o cabelo encaracolado, firme e seco como as vagens de milho, olhava espantada para o gancho a escorrer pela novidade das madeixas lisas e indolentes. A mamã já estava prestes a desistir quando passou as lides da véspera em revista, tentando perceber o que tinha provocado tal desconcerto na sua longa cabeleira. Não foi preciso pensar muito: ela no banho, eu a fugir da cadeirinha, a mamã a gritar pela ajuda do papá ou do mano... mas eles a ver futebol não deram sinais de ouvir e a mamã lançou-se em voo picado da banheira, nua e a pingar por todos os poros, antes que eu partisse a tola na bancada de pedra e lá me agarrou no fio da navalha. Depois de tamanha prontidão, só falhou uma coisa: retirar o amaciador do cabelo!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vou fazer yoga



Descobri que vão haver aulas de yoga para miúdos e graúdos aos fins-de-semana de manhã, no Parque das Conchas. 'Bora lá experimentar mãe!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sapatinhos





Demorou um bocadinho, eu sei... mas finalmente já gosto de andar de sapatos! Sabem, agora que estou a começar a dar os primeiros passinhos - sou uma verdadeira campeã a atravessar a 'lonnngaaaa' carpete da sala, desde que seja entre duas cadeiras - reparei que eles até dão muito jeito! E ficam-me bem, não ficam?! É que eu também sou muito vaidosa, hi, hi,hi...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tantos peixinhos!






Está tanto calor neste últimos tempos, que a mamã tem de dar voltas e voltas à cabeça para descobrir sítios fresquinhos para irmos passear. Da última vez teve um ideia genial e à conta dela passámos uma manhã no Oceanário... haviam de ver a minha cara de espanto e felicidade. Só não percebi uma coisa... porque é que não consegui agarrar aqueles peixinhos todos?! Eram tão giros para eu brincar...

domingo, 8 de agosto de 2010

Já fiz um ano!





Eu juro que queria convidar toda a gente para a minha festa, juro!Mas não podia ser... desculpem lá qualquer coisinha e deixem-me partilhar isto convosco: Foi um dia MUITO FELIZ!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vou ter saudades do mar




Eu sei que ainda não tenho idade para nostalgias, nem tão pouco para saber o que é a saudade.
Na minha idade tão pequenina, tudo é presente e futuro, e o passado ainda mal fincou amarras na minha memória. Moro a 15 minutos do mar todo o ano e já percebi como ele é imenso, tão grande que, por muito esforço que fizesse, nunca o conseguiria trazer todo para dentro da minha banheira. Da mesma forma que é pouco provável que algum louco o consiga beber todo por uma palhinha. Por mais impiedosas que sejam as barbaridades que lhe vamos inflingindo, ele continuará lá à minha espera.
Mas há qualquer coisa de trágico (e mágico) no fim de férias que, hoje, não sei bem porquê, me está a fazer matutar: Mamã, vou ter saudades do mar...